quinta-feira, 12 de julho de 2007

É Phoda!!!


Tanta modernidade...
Nasci numa década onde a simplicidade fazia-se moda. A música, somente esta, caracterizava um modernismo à parte... Os Beatles e Ronling Stones, em grandes bolachas de vinil, eram tocados na minha vitrola Telesparck em 33 e 78 rotações...
Logo chegou João Gilberto trazendo uma bossa nova, detalhe importante: a garota de Ipanema era virgem e os anos eram dourados. Em seguida, surpreendeu o nosso Tropicalismo e a Banda que inspirou Chico Buarque ainda, prossegue aos trancos e barrancos nos centros comerciais em época de promoções. O cabelo cheio de Gal Costa marcou meu estilo durante anos... Lá onde se ouvia o canto do sabiá...“ Vou voltar/ Sei que ainda/ vou voltar/ para o meu lugar/ Foi lá....” Saudades dos grandes festivais... Dos tempos da brilhantina, meias-finas, cinta-liga, pó de arroz Coty e Helena Rubinstein, mas chorar o passado é ultrapassado já!
Infelizmente o mundo gira e girando levou embora o caracol do meu cabelo, lança perfumes, Os Mutantes, os grandes carnavais... Bons tempos... nunca mais!
Novidades, hoje são muitas!
Tecnologias surgem e atravancam o mercado, que ultimamente me sinto mais perdida que cego em tiroteio em meio aos tantos aparelhos e botões que encontro pela casa. O que antes, era um simples “dois em um” e uma TV de seletor, que nos obrigava a levantar e sentar muitas vezes, (exercício muito bom para coluna) transfigurou-se. Hoje uma tela enorme, finíssima se ergueu cheia de truques, desafiando os leigos e o pior: em “inglês”. Sinto-me literalmente, o pobre coelho procurando à antiga cartola que o mágico há muito, aposentou. O palco de minha sala que deveria permanecer na origem de descanso, passou a ser considerado meu inferno diário, mas sou turrona!
Ironias! Quando, enfim, consegui desvendar os mistérios do meu obsoleto vídeo cassete, chegou-me o tal de DVD. Era a fita exagerada cedendo lugar para um disco pequenino, o que me intriga até hoje. Recordo o dia em que o vi pela primeira vez... Suspirei desolada, desanimada mirando o aparelho prateado “Slim”, pensava que ali estava o objeto que iria me abater, o inimigo inteligant, tal qual, o moinho para Dom Quixote, mas graças ao ímpeto feminino de bisbilhotar tudo que vê, hoje consigo ligar e desligar meu aparelho. O segredo é simples: o botão de “ON” e “OFF” não mudou a característica. E ainda que no mesmo controle remoto, conste de inúmeras configurações, ignore, pois não farão nenhuma diferença se o idioma estiver em “Português”... A imagem ainda, surge no ON e desaparece no OF. Ufa!

Constrangedor foi saber depois de meses que as caixinhas de som, espalhadas pelos cantos, que nunca ousei perguntar a ninguém, faziam parte do arsenal, detalhe que, meu sobrinho sabido de tudo, o Malcon Stuart da Silva desvendou num simples olhar. Claro que ficamos surpresos, ambos, ele por não entender o descaso ao famosíssimo “Home Theater” e eu por não saber sequer do que se tratava. Pasmei! na verdade, pensava que fossem partes de um micro sistem, afinal, hoje em dia, compra-se tudo por partes, que não estranhei a moda chegar a minha casa... O pior momento de minha vida, e que ninguém suspeita o desconforto que senti, se deu no último dia das mães quando, recebi de meu amado filhão, via cedex, um radinho (made in Japão) pequenino, lindo, AM e FM, fone de ouvido... Tudo que queria na vida: minha alienação passiva. Passei aquele maio trabalhando e ouvindo músicas, até que, Mariana desvendou o que nem suspeitava: meu radinho, também, era um “Pen drive”, o que me explicou, e naquele mesmo dia gravamos todos os meus clássicos favoritos e ainda coube espaço para muitos antigos sucessos, num programa da Internet. Fiquei feliz como pinto no lixo!
Malcon Stuart veio semana passada para uma visita. Ô moleque esperto! Dele fiquei sabendo tudo que faltava saber. Meu radinho, o tal Pen Drive, também fotografa e se eu quiser, faz até ligações para o exterior...
Pasmem vocês! Meu radinho de fato, é um lindo celular de última geração.

Ô mundo complicado este, mas eu domino! Ufa!

2 comentários:

Manoel Virgílio disse...

Oiiii Marisa Tuas complicações com o modernismo, são as mesmas de muita gente. Minhas filhas dizem: basta ler o manual. Mas , que coisa chata ler manual! Prefiro ler os causos da Marisa Rosa!! Bjs do amigo, Virgílio

Anônimo disse...

O modernismo e' mesmo complicado!
Invadiu tudo quanto e' cantinho de nossa existencia!
E pensar que eu xingava pra acertar um carburador...
Agora, ate' motor de carro cedeu ao computador...C'est la vie...
Mande teu sobrinho passar uma temporada comigo, ok?kkkkkkk!
Bjkas!

Sonia Ortega

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Oi, Sou a Rosinha compartilhando a vida cheia de graça com você. Do cotidiano onde, nada me escapa. nenhum detalhe se perde através das vidraças de minha janela, e pode acreditar, tudo narrado aqui, foi vivido na íntegra, eu apenas, acrescento a cada conto uma pitada deste bom humor sagaz e imperativo que Deus me deu!(risos)

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Para Marisa Rosa Sou geminiana, sim! Sou geminiana sou, simples e complicada vaidosa e relaxada... uma mulher cheia de amor. Inconstante é-me a minha própria carne e se a timidez me persegue é ela minha indócil estrada que chega a tirar-me o fôlego. Meu choro é cheio como o mar e jorra livre como o vento e não esconde o que eu sinto quando minha face vive e expõe as faces dos meus sentimentos. Sou a chuva que busca a solidão no nostálgico das brumas a viciar-me na poesia que traço quando minha alma, o coração abraça e no peito uma mulher declama. Paulino Vergetti em 2 de Setembro de 2008 http://www.luso-poemas.net/modules/yogurt/index.php?uid=5737